Refletindo sobre o espaço do Instituto de Artes no campus da Unicamp, vemos grande parte das construções precarizadas e incompletas. O caso mais icônico é o colossal teatro do IA, suspenso entre a incompletude e ruina, visível na marca de uma entropia naturalizante  causadas por samambaias e outras pteridófitas que criaram uma grande biomassa de ciclos de nascimento e morte que transformou o pobre solo em um terreno propício ao nascimento de árvores frutíferas como amora e mamão, criando uma reestruturação da natureza e da estética de um ambiente degradado construindo uma: estética do Antropoceno.

Assim como as plantas e com elas como suporte, busco através da proposta de Intervenção Efêmera, subverter a perspectiva de decadência da ruina, ao intensificar seu processo de desmantelamento a partir do plantar de sementes e replantar as folhagens endêmicas a construção em um jardim suspenso entre três andares do prédio, utilizando como vasos, diversos baldes e latas utilizados nas construções assim como um carrinho de mão encontrados dentro do teatro.

Apesar da proibição da entrada nas estruturas do teatro, a completude da intervenção compõe-se de toda a espacialidade do teatro fica o convide para a visitação entre os horários das 11h as 11:45h da manha e entre as 17h e 17:25 da tarde. O horário é definido devido a uma iluminação especifica que entra dentro das estruturas.